Só para lembrar um pouquinho do porque que os políticos não sabem a razão das manifestações que acontecem pelo Brasil.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Uma história que precisa ser contada
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Tempo de Saudade
Tempo de Saudade
Saudade terna lembrança,
magoa de um olhar sobre o
passado!
Saudade sonho acordado,
ilusão ou esperança
- quase felicidade!
Vive em cada coração uma
saudade:
como um adeus ressuscitado!
Luis Gastão Costa Carvalho Serro-Azul
Maio, 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Explicação da música Starry Night
::
Apresentações,
Arte
EXPLICAÇÃO DA MÚSICA “STARRY NIGHT” , FOCANDO O ARTISTA “VAN GOGH”
A música escrita por Don McLean em homenagem a Van Gogh data dos anos 70.
O título se refere ao quadro Starry Night.
A canção descreve diferentes quadros do pintor.
O compositor escreveu a letra após a leitura da biografia de Van Gogh.
Foi sucesso na Inglaterra e nos EUA.
Foi tocada diariamente por muitos anos no Museu Van Gogh de Amsterdã.
A partitura está segura no museu junto com os pincéis, chapéu e outros pertences do pintor.
Diz-se que Van Gogh pintou Starry Night na clínica onde estava, quando soube que durante toda sua vida só havia vendido um quadro.
Isto o teria deixado em profunda depressão que o levou ao suicídio. Aprecie a apresentação deixando os slides correrem automaticamente e com a letra se ajustando aos quadros.
A música escrita por Don McLean em homenagem a Van Gogh data dos anos 70.
O título se refere ao quadro Starry Night.
A canção descreve diferentes quadros do pintor.
O compositor escreveu a letra após a leitura da biografia de Van Gogh.
Foi sucesso na Inglaterra e nos EUA.
Foi tocada diariamente por muitos anos no Museu Van Gogh de Amsterdã.
A partitura está segura no museu junto com os pincéis, chapéu e outros pertences do pintor.
Diz-se que Van Gogh pintou Starry Night na clínica onde estava, quando soube que durante toda sua vida só havia vendido um quadro.
Isto o teria deixado em profunda depressão que o levou ao suicídio. Aprecie a apresentação deixando os slides correrem automaticamente e com a letra se ajustando aos quadros.
sábado, 4 de outubro de 2014
Não perca a hora
Relógios
“... é o relógio, porém, que mais me espanta
pois se não vens, o mísero se atrasa
e, se vens, o ditoso se adianta”
Mensuração de intervalos de tempo sempre foi preocupação dos
humanos desde épocas imemoriais – dos chamados relógios d ́água
(clepsidras) às ampulhetas e, sucessivamente, aos mecânicos movidos a
rodas denteadas, molas, eletricidade, pêndulos e os de pilha de quartzo
da modernidade. Assim, como regra, o homem inventa para virar escravo
da invenção – quem não é dependente de horário? Não é odioso o relógio
de ponto uma estultice burocrática que prioriza o castigo ao invés de
estimular a retitude no cumprimento do dever? E não existe amor ao
relógio que demarca instante vivido da vida, ou da vida já vivida?
Ainda criança, não tinha preocupação com esse terrível cerceador
dos bons momentos disponíveis, quando minha madrinha deu-me o
primeiro de pulseira. Acho que não gostei, desde o início, embora fosse ele
uma pequena jóia de ouro branco, oval, ornada com pequenos brilhantes e
safiras! Anos depois, foi adaptado como anel, sucesso feminino ainda hoje!
Em compensação, ganhei outro que realmente me entusiasmou -
blindado, capa preta, com mostrador automático incluindo calendário; por
curto período não vi algo semelhante, pois desapareceu, subitamente, como
desaparecem as coisas súbitas...
Em época longínqua quando ainda se passeava pelas ruas São Bento,
Direita, Barão de Itapetininga, Arouche, meu grande prazer era admirar
relógios expostos nas diversas vitrinas. Conquanto a moda dos relógios
pulseira se expandisse desde Santos Dumont, minha fixação eram os de
bolso super delgados, apesar de contar com os próprios da família ,
patacões (cebolões) de ouro, duas capas: o Patek Philippe, de meu avô
Costa Carvalho; outro, austríaco, com inscrições do meu avô Barão; e um
modesto Cyma, deixado pelo meu tio avô Mundinho. O primeiro foi
perdido de maneira soez – um falso amigo resgatou-o do penhor,
juntamente com nosso faqueiro de prata e tratou de vendê-los a outrem!
No meu 21o aniversário, um Cyma pulseira foi presente de minha avó
Argentina, adquirido com sacrifício, pois que, ela já debilitada, morreria
dois meses após. Pude usá-lo até 1963, quando o Sr. Avelino Reis, distinto
cliente e negociante do ramo, encomendou-me o Eterna-Matic, em uso até
Tempo de noivado, 1947, “midnight, the stars and you” (antiga
melodia americana): vidrado que estava em um relógio de pulso Eska,
exposto na rua do Arouche, comprei-o para Sylvia às custas de
vencimentos atrasados recebidos em tempo hábil. Ulteriormente, consegui
um Tissot para minha primeira filha e outros moderninhos para as duas
Tempo de viagem, l975, Grindelwald. Meu “coração balançou” entre
maravilhas – a imensidão das alturas do Jungfrau e, por pendor inato, um
relógio em exposição numa joalheria local – de mesa, uns 25cm de altura,
parecendo ser construído sobre colunas de ouro, maquinismo aparente,
pêndulos rotativos, e de aquisição inviável. Quase 40 anos decorridos
tal preciosidade suíça fez-se lembrar por meio de uma simples miniatura
sua fabricada na China em metal cromado que, além de tudo, constituiu
a derradeira lembrança oferecida por Pailag Hadjig Kebenlian, “Paulo
Amigo”, ou “Palhá” da nossa rua Vergueiro dos anos 30/40. Ele aos 91
anos de idade ainda tinha o prazer de presentear com os seus guardados
dos mais variados modelos. Então, usei um deles, nacional – Champion
quartz – quando me dirigia ao seu velório na semana passada. Evocação
desmaia e o meu mundo torna-se mais minúsculo.
“Tudo passa sobre a terra” (José de Alencar) – o tempo
De fato, pouco reparei no interesse transitório acerca do alpino Cuco,
que cantava como a ave ao dar as horas, alegrando minhas filhas ainda
pequenas. Paradoxalmente, o Big Ben exibe “status” de eterno!
Todavia, exceto pelos dois herdados dos meus avós, nunca possuí
relógios chiques, famosos e, sobretudo, me arrependo de não ter adquirido
um carrilhão de pedestal. Em verdade, admirei muitos e virtualmente
consegui uma coleção maravilhosa!
E os sinos, também marcadores de tempo, precisam ser
mencionados. Um sino suíço, importado antes da 2a guerra, foi doação do
ilustre venerando Gastão Rachou que mandou trazer de sua fazenda para,
há 40 anos, valorizar o nosso sitio e tornar sempre viva a sua simpatia.
“Sino coração da aldeia
Coração sino da gente
Um a sentir quando bate
Outro a bater quando sente” (Antonio Correia de Oliveira)
-Ah! O que sinto quando pego o velho despertador alemão Yvel, dou
corda e sacudo como a um sino; momentânea e instintivamente julgo
sacudir para lá as minhas pobres lembranças – escondidas, nunca
extinguíveis. Há cerca de oitenta anos, esse modesto relógio foi comprado
no Largo da Concórdia e, em algumas ocasiões, esteve no prego!
Funcionando bem, ocupa local de honra em nossa sala, para, de longe,
mirar seus ponteiros e senti-lo perto do coração da gente, quando bate.
Luis Gastão Costa Carvalho Serro-Azul
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